7 dicas de como fazer um bom Storytelling.
- abcdigitaliscia
- 17 de mai. de 2022
- 5 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2022

As histórias fazem parte das nossas vidas. Não há como negá-lo. No nosso último artigo de blog tentamos, justamente, mostrar-te a importância do storytelling, esta arte de contar histórias com um propósito.
É fundamental que, como comunicadores do mundo digital, como marketers, como criadores de conteúdos, saibamos aproveitar o storytelling da melhor forma. Afinal, quem não gosta de uma boa história?
Mas, como é que nos podemos tornar em bons contadores de histórias? Como devemos criar uma ligação com o público? Potenciar o engajamento com as nossas narrativas?
Falar é fácil, mas fazer... é outra história.
Neste artigo, partilhamos contigo 7 dicas que te ajudarão a ser um melhor storyteller.
Dicas de como fazer um bom Storytelling
Storytelling é a arte de contar histórias que têm um propósito, que engajam, que vendem, que fazem a diferença.
Não podemos dizer que exista uma única forma de desenvolver e praticar esta arte. Há vários fatores que devem ser tidos em conta, várias estratégias que podem ser utilizadas.
Hoje, destacamos 7 pontos que qualquer bom contador de histórias deve tomar em atenção na criação do seu conteúdo.
Preparado?
1-Conhecer o Público-Alvo
Primeiro, é importante que comecemos por definir o público-alvo. Muitas pessoas acham que “público-alvo” são todas as pessoas que queremos tentar atingir, e que isso deve englobar toda a gente. Quanto mais gente melhor, certo? Não! Errado.
Público-alvo diz respeito a uma fatia da população, a um grupo de pessoas, que partilham características comuns e que, pelo seu perfil, têm uma maior propensão para “comprar” um produto de uma determinada marca. Ou seja, o público-alvo vai definir o segmento de mercado que uma marca/projeto quer atingir, as pessoas com quem estamos a tentar comunicar.
Ao pensar na arte de contar histórias, não há como ignorar o nosso público-alvo. Antes de começarmos a “contar”, temos de saber:
Com quem estamos a falar?
Que tipo de pessoas estamos a tentar visar? (Idade, geografia, etc.)
Do que gostam estas pessoas?
Quais os seus interesses?
Só conhecendo bem o perfil do nosso público é que conseguiremos criar uma relação com ele, estabelecendo assim uma comunicação mais eficiente.
2- Escrever com propósito
Ser um bom comunicador implica saber o porquê de estarmos a contar uma história. Saber o peso e o significado das palavras, saber apurar o estilo da escrita, vai-nos permitir transmitir a informação de forma mais apelativa e alcançar o nosso público.
O estilo que usamos no nosso storytelling pode variar entre o factual, o humorístico, o narrativo e o institucional. O mais importante é sabermos o que pretendemos com a nossa comunicação (vender, alertar, informar, persuadir, justificar, etc.) e sermos claros, objetivos e diretos na forma como o transmitimos.
Por exemplo, imagina que estamos a tentar vender um gelado. O nosso propósito é vender o gelado. De preferência, antes que ele derreta. O que leva as pessoas a comprarem gelados? A fome? Não. As pessoas gostam é da sensação de frescura, do Verão. Por isso, no fundo, o nosso propósito é vender o Verão. Como é que fazemos isso? Com as palavras.
A escrita tem o grande potencial de nos pode levar à ação. Ajuda-nos na tomada de decisões, na mudança de comportamentos, e na forma como passamos a ver uma marca, produto e/ou serviço.
3- Adaptar o Storytelling ao meio de comunicação
Tão importante como conhecer o nosso público-alvo, é conhecer as plataformas digitais em
que ele se encontra: Facebook, Instagram, LinkedIn, Youtube, TikTok...
Onde está o nosso público e em que plataforma digital é que o vamos “apanhar”? Esta é uma pergunta fundamental.
Decidir em que plataforma vamos publicar os conteúdos que estamos a criar vai interferir diretamente com a forma como vamos contar a nossa história. Porquê? Imagina: contar uma história no Facebook, é igual a contar uma história no TikTok? Ou no Youtube? Ou num blog? Não. É fundamental adaptarmos o storytelling aos diferentes canais.
Neste processo, podemos usar vários métodos e estratégias que podem ajudar a que a nossa mensagem se torne mais interessante e envolvente.
Por exemplo, em plataformas que usam recursos audiovisuais, olhar nos olhos, atentar ao ritmo e volume da voz, à linguagem corporal, à mensagem subliminar por trás da imagem, é crucial. Já em plataformas que primam pelo conteúdo textual, garantir que a nossa pontuação é coerente, as frases curtas e incisivas, a organização das ideias clara e envolvente, que não temos grallas (brincadeira, gralhas!), é meio caminho andado para garantir que o nosso storytelling será bem sucedido.
4- Despertar interesse
Não nos podemos esquecer que o objetivo do storytelling é atrair a atenção do público. É
então primordial despertar a sua curiosidade, a sua atenção. Mas como?
As estratégias que podemos usar são múltiplas e nenhuma nos dá garantias de sucesso a 100%. Tudo depende de como usamos estas “ferramentas”.
O uso de gatilhos mentais, por exemplo, permite ativar o pensamento rápido do nosso público, funcionando como uma arma poderosa de persuasão e tomada de decisão.
A jornada do herói, que nos leva por uma narrativa “épica” que conseguimos facilmente reconhecer e, por isso mesmo, seguir, também contribui para que o nosso público fique “agarrado” e nos siga até ao final da nossa viagem.
O uso de arquétipos, padrões de comportamento aos quais marcas/produtos/serviços se aliam, contribuem igualmente para que as marcas consigam gerar uma conexão mais visceral com o seu consumidor.
Estas e muitas outras estratégias, nomeadamente de neuromarketing, podem ser usadas para criar interesse e tornar as histórias que temos para contar inesquecíveis.
5- Criar envolvimento
Uma história que não crie envolvimento, não é uma boa história. O storytelling quer
provocar uma reação: chamar a atenção, alertar, levar à compra... O grande objetivo é engajar, potenciar interações, potenciar a ação.
Dito isto, o conteúdo que estamos a criar, a nossa história, tem de apelar à interação. O que pretendemos que o nosso público faça? Que partilhe a história? Que coloque like? Que comente? E como é que queremos envolver o público na nossa história? Tornando-a autêntica? Engajando-o emocionalmente? Contando uma experiência humana e altamente identificável?
Estas são apenas algumas das perguntas que temos de fazer para garantir que a nossa história está a “envolver” quem a lê, a vê, e a ouve.
6- Estruturar a história
Tudo parte da forma como estruturamos a nossa narrativa. Se a nossa estrutura não for clara, se o esqueleto da nossa narrativa não for sólido e se desmoronar, lá se vai a nossa história...
Como é que garantimos que isso não acontece? Temos de começar com um início envolvente, ter um meio empolgante e um fim com uma call to action para levar o nosso público a agir.
Só com uma estrutura resistente, com bons alicerces, é que uma história vai acabar por permanecer e colher os seus frutos.
7- Terminar a tua história de uma forma perfeita
A forma como finalizamos uma história, como juntamos os pontos todos que ficaram por
coser, vai ditar se os passos que demos chegam a bom porto ou não.
Um bom desfecho é um ponto-chave para garantir que quem nos lê, vê ou ouve nos acompanha na jornada até ao seu final surpreendente.
Ao longo da narrativa, é preciso assegurar que o nosso público se identificou com a história que estamos a contar, que esta se mantém interessante, apelando constantemente à curiosidade de quem nos acompanha.
O final é uma caixinha de surpresas que temos mesmo de criar para alimentar e cumprir a expectativa que fomos construindo ao longo do storytelling que partilhamos.
Conclusão
Criar ou contar uma história exige preparação. Há quem ache que basta imaginação. Há quem ache que basta que a história seja boa. Há quem ache que bastam factos. Nada disso é verdade.
Criar e/ou contar uma história, uma boa história, dá trabalho. Mas compensa tanto! Quanto mais clara, envolvente, específica, humana, autêntica for a tua história, maior afinidade conseguirás criar com o teu público, mais próximo estarás dele.
Estás preparado para tentar? Então toca a personalizar a tua mensagem, a apurar a tua arte de contar histórias com as nossas dicas e, depois, conta-nos tudo! Que dica te foi mais útil?
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